sábado, 30 de setembro de 2017

Sobre o tempo e o amor

Querida ella
O que é o tempo senão o elemento que nos separa daquilo que fomos e nos aproxima do que um dia seremos?
O que é o amor senão a consolidação e a reiteração de um sentimento que se transforma com o tempo?
E entre o tempo que te transforma e te constrói e o amor que se instala, se repete e se acomoda dentro da rotina, ainda encontra você mesma?
Você ainda se percebe e se reconhece no conjugar destes dois atores de uma vida inteira: tempo e amor?
A resposta não está em lugar algum, em tempo algum ou em amor algum. Se ainda te procuras no tempo e no amor que carrega contigo, é porque há muito te perdeste de ti mesma. A maior protagonista de tua história só pode ser você mesma. Nenhum amor em nenhum tempo.
Mas veja que astuto é o destino ou o que quer que seja o que nos coloca onde devemos estar: enquanto houver tempo e amor haverá a esperança de você encontrar a si mesma. Não aquela que já foi um dia e muito menos a que porventura em um futuro incerto será; mas sim esta que agora mesmo te escreve e te suplica: não te percas de você mesma.

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